Programa Educação Ambiental

Unidade de Conservação: Parque Estadual da Lapa Grande

A educação ambiental tem sido definida como uma dimensão dada ao conteúdo e à prática da educação, orientada para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente, através de enfoques interdisciplinares e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade. 
A atividade de educação ambiental deverá ser voltada à conscientização da importância da conservação do meio ambiente, como um todo, e em particular, da unidade de conservação objetivando obter apoio para sua conservação.
As finalidades da educação ambiental:  
  • Ajudar a fazer compreender, claramente, a existência e a importância da interdependência econômica, social, política e ecológica, nas zonas urbanas e rurais; 
  • Proporcionar a todas as pessoas a possibilidade de adquirir os conhecimentos, o sentido dos valores, as habilidades, o interesse ativo e as atitudes necessárias para proteger e melhorar o meio ambiente; 
  • Induzir novas formas de conduta a respeito do meio ambiente nos indivíduos, nos grupos sociais e na sociedade em seu conjunto.
A educação ambiental é um instrumento que pode e deve ser utilizado como estratégia para o embasamento de discussões acerca de problemas concretos. Deve ser constantemente considerada nas atividades de integração da unidade de conservação com o entorno, nos planos de manejo, desde a sua elaboração até a implantação, na fiscalização enquanto preparação para a ação fiscalizatória, desde que seja bem conhecido o sujeito a quem a ação se destina.
Destina-se principalmente aos dirigentes e às comunidades vizinhas à unidade de conservação e especialmente aos moradores da circunvizinhança, visando à formação de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, de modo a promover a participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental.
Assim como os objetivos, finalidade e práticas ou estratégias, a educação ambiental, vista como um instrumento para a resolução de problemas ambientais, tem ampla aplicação no gerenciamento das unidades de conservação, uma vez que as ações da população do entorno são essenciais para que a mesma cumpra suas finalidades. 
Na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92), realizada em 1992 no Rio de Janeiro, a educação ambiental foi assim apresentada: "A educação ambiental se caracteriza por incorporar as dimensões socioeconômica, política, cultural e histórica, não podendo basear-se em pautas rígidas e de aplicação universal, devendo considerar as condições e estágio de cada país, região e comunidade, sob uma perspectiva histórica. Assim, a educação ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos elementos que conformam o ambiente, com vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfação material e espiritual da sociedade no presente e no futuro".   
Após a realização da ECO 92, com as macrodiretrizes ambientais emanadas pela crescente e nova ordem ambiental e reestruturação administrativa dos órgãos ambientais, o Instituto Estadual de Florestas-IEF redirecionou seus projetos de educação ambiental às comunidades do entorno de suas Unidades de Conservação.
Com a implantação dos instrumentos avançados do Sistema Integrado Estadual de Meio Ambiente atrelado a normas e procedimentos operacionais cuja finalidade é garantir de forma democrática e racional o uso dos bens naturais, houve a necessidade de focalizar as atividades meios do IEF, no caso educação ambiental, como ponto de partida para agregar valores e parâmetros, como instrumento de gestão, que conduzam a uma ação mais eficaz e duradoura de atitude ética diante do ambiente natural das Unidades de Conservação.
Assim, é vital a incorporação desse instrumento de gestão, ou seja educação ambiental, baseado na concepção da responsabilidade sócio ambiental, em todos os níveis de atuação do IEF,  para conter o processo de deterioração ambiental, seja pela implantação de empreendimentos impactantes de toda ordem, ou de simplesmente  revelar ao conjunto dos segmentos sociais, a necessidade da tomada de  atitude de convivência humana em benefício da coletividade, no resguardo do patrimônio natural, e o incentivo à produção e geração de alternativas que promovam o desenvolvimento sustentável no entorno das Unidades de Conservação.
Portanto, cumpre ao Instituto Estadual de Florestas, nortear um processo, em nível geral, orientado para criar as condições necessárias à desenvolver atividades que contribuam para a formação de uma nova mentalidade sobre o valor da natureza e apropriação dos bens naturais, inserindo a educação ambiental como ferramenta de gestão das Unidades de Conservação em atendimento as suas competências e atribuições

Na zona de amortecimento do Parque(PELG), a área urbana do município sede fica muito próxima da referida UC, cerca de 4 (quatro) Km, o que trás consigo grande pressão em função da visitação; visitação essa sem autorização e desordenada; problemas de caça da fauna existente no Parque; piromaníacos, catação de lenha seca e contaminação da água do manancial que abrange o Parque, especificamente por Schistossomose mansoni.
Diante desses problemas, que muitos são problemas urbanos, advindo de questões ligadas a pobreza ou falta de alternativas, as atividades que serão desenvolvidas terão o foco integrar a população do entorno nos problemas do Parque, apresentando a sua importância aos moradores, a necessidade de conservação dos recursos naturais existentes no Parque que são importantes para o bem estar deles próprios.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·         Disponibilizar para as comunidades orientações conhecimentos e técnicas
·         Incentivar a participação e o envolvimento comunitário nas questões da Unidade de Conservação
·         Promover a integração dos agentes cooperantes
·         Ampliar a capacidade de poder decisório dos membros da comunidade
·         Promover a capacitação
·         Promover a inserção das comunidades residentes no entorno no Parque
METODOLOGIA

As ações de educação ambiental deverão constituir-se em um processo de comunicação orientada pelo diálogo, para oferecer instrumentalização conceitual e concreta às comunidades, sobretudo, aos proprietários e trabalhadores rurais, no qual as pessoas vão redescobrindo sua realidade e construindo o seu conhecimento nas suas relações com os recursos naturais e não naturais, dentro de uma nova ética e perspectiva da responsabilidade social

OBS; O Programa de Educação Ambiental do Parque esta em face de construção e em breve será apresentado a sua comunidade e seus visitantes.

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